Raça de cães: Malamute do Alasca

De aparência lupina, o Malamute do Alasca é um cão afetuoso e atrevido. Muitas vezes confundido com o Husky Siberiano , o Malamute do Alasca é mais alto e mais pesado. 

O Malamute do Alasca é um cão de constituição forte do tipo nórdico, desenvolvido para transportar cargas pesadas em vez de correr. Esta raça é ligeiramente mais longa do que alta e tem ossos pesados ​​ compactos, projetados para força e resistência. A marcha do Malamute é firme, equilibrada e incansável. 

Qual é a origem da raça Malamute do Alasca?

A história do Malamute do Alasca começa no extremo norte e é um exemplo clássico da sinergia que pode existir entre o homem e o animal tentando sobreviver nas condições mais adversas. A raça que conhecemos hoje foi originalmente desenvolvida pela tribo Mahlemiut Inuit, no noroeste do Alasca.

Embora se acredite que a raça possa ter sido desenvolvida com a linhagem do lobo muitas gerações atrás, o Malamute é um cão domesticado que foi criado pela tribo Mahlemiut por séculos. Esses cães foram usados ​​pelos povos indígenas do noroeste do Alasca para puxar trenós pesados ​​em equipes, em viagens de caça de focas e ursos polares, ou como chamariz na caça de ursos. Sua história versátil é centrada no trabalho, o que fez da estabilidade e força os pontos fortes da raça. Isso contrasta com o husky siberiano menor, que foi criado para velocidade ao viajar longas distâncias puxando trenós.

O Malamute do Alasca também foi colocado para trabalhar durante a Corrida do Ouro de Klondike. Os garimpeiros reconheceram a força e resistência desses caninos trabalhadores como um trunfo real ao navegar e minerar o Klondike em busca de ouro.

Variantes da raça Malamute se desenvolveram em regiões árticas que vão do Alasca à Groenlândia. Na década de 1920, o interesse em corridas competitivas de cães de trenó levou à criação e desenvolvimento desses cães. No entanto, apenas uma variante do Malamute – o Kotzebue – recebeu o reconhecimento inicial do AKC em 1935. 

Apesar de sua adequação para uma ampla gama de tarefas, a raça estava em sério declínio após a Segunda Guerra Mundial. De fato, algumas fontes estimam que o Malamute tinha uma população de apenas 30 em 1947. Para garantir sua viabilidade, o AKC expandiu o reconhecimento da raça para incluir as linhagens Hinman e M’Loot. Os cães polares de hoje são o resultado de criação domesticada e, embora sejam criaturas majestosas e maravilhosas, sua linhagem é cão puro (não parte lobo). 

O Malamute do Alasca é amplamente exibido em eventos internacionais de exposições de cães, incluindo o Westminster Kennel Club e o Crufts Dog Show na Inglaterra. Eles competem no grupo de trabalho, e seus modos dignos e tamanho grande são uma presença dominante quando entram no ringue.

Qual o temperamento da raça Malamute do Alasca?

O Malamute do Alasca é poderoso, independente, obstinado e divertido. Dada a história do cão como cão de trenó,  o malamute adora atividade e interação com a família. Os malamutes são orientados para a família e, desde que recebam exercícios diários, são bem-educados em casa. Sem exercício adequado, eles podem se tornar frustrados e destrutivos. Este cão é amigável e sociável com as pessoas, mas pode ser assertivo e deve ser apresentado com cuidado a novos cães, animais de estimação ou gado. Alguns podem ser dominadores e tendem a cavar e uivar.

Quais as características da raça Malamute do Alasca?

O Malamute do Alasca é um cão de constituição forte, com cabeça larga, orelhas eretas e uma cauda em forma de pluma portada sobre o dorso. Sua pelagem espessa é geralmente cinza e branca ou preta e branca, as cores frequentemente formando uma marca semelhante a um gorro ou máscara na cabeça. O Malamute do Alasca tem cerca de 58 a 63,5 cm de altura na cernelha e pesa 34 a 39 kg. Caracteristicamente leal e amigável, foi usado para transportar cargas em trenós e serviu em expedições à Antártica.

Quais cuidados precisa ter com a raça?

Para mantê-los aquecidos nas condições árticas, os Malamutes têm uma “pelagem dupla”. Essa pelagem espessa os mantém bonitos e quentinhos, mas significa que eles perdem muito pelo, especialmente durante a primavera e o outono.

Seu Malamute precisará ser escovado a cada poucos dias. Eles são cães naturalmente limpos e não têm um odor forte, então você só precisará dar banho no seu Malamute se ele estiver muito sujo ou se rolar em algo fedorento

E com relação a saúde?

• Malamutes são geralmente saudáveis, mas como todas as raças, eles são propensos a certas condições de saúde. Nem todos os Malamutes terão uma ou todas essas doenças, mas é importante estar ciente delas se você estiver considerando esta raça.
  Alguns Malamutes sofrem de  displasia de quadril, displasia de cotovelo, hipotireoidismo ou doença de von Willebrand. Aqui estão mais algumas informações sobre possíveis condições que você pode ver em Malamutes:
  • -Catarata: geralmente presente por volta de 1 a 2 anos de idade, conhecida como catarata juvenil. Este tipo de catarata raramente evolui para cegueira. Os animais afetados não devem ser usados ​​para reprodução.
  • -Condrodisplasia: Este distúrbio genético faz com que os filhotes nasçam com deformidades evidentes na forma anormal e no comprimento de seus membros. É comumente referido como “nanismo”. Existe agora um teste de triagem genética para determinar se o cão carrega o gene para esta condição.
  • -Displasia do quadril: Esta é uma condição hereditária na qual o fêmur não se encaixa perfeitamente na articulação do quadril. Alguns cães apresentam dor e claudicação em uma ou ambas as patas traseiras, mas você pode não notar nenhum sinal de desconforto em um cão com displasia coxofemoral. À medida que o cão envelhece, a artrite pode se desenvolver. A triagem de raios-X para displasia do quadril é feita pela Fundação Ortopédica para Animais ou pelo Programa de Melhoria do Quadril da Universidade da Pensilvânia (PennHIP). A displasia da anca é hereditária, mas pode ser agravada por fatores ambientais, como crescimento rápido devido a uma dieta hipercalórica ou lesões resultantes de saltos ou quedas em pisos escorregadios.
  • -Hipotireoidismo: Esta condição é muitas vezes mal diagnosticada porque os testes para avaliar a condição não são específicos e podem ser imprecisos. O hipotireoidismo é o resultado da produção anormalmente baixa dos hormônios tireoidianos. Os sinais clínicos variam dependendo da gravidade de cada caso, mas podem incluir pelagem seca, áspera e/ou esparsa, secreção ocular, membranas mucosas pálidas e embotamento mental. O hipotireoidismo pode ser bem controlado com uma pílula de reposição diária da tireoide. A medicação deve continuar durante toda a vida do cão.
  • -Polineuropatia hereditária: geralmente caracterizada por falta de coordenação e instabilidade que leva a uma marcha difícil, descrita como uma marcha saltitante. A condição varia de leve a grave. Um cão afetado pode cair, andar na ponta dos pés ou sua marcha pode parecer um pouco estranha. O início geralmente é bastante súbito, com a maioria dos casos observados aproximadamente com um ano de idade.
  • -Hemeralopia (cegueira diurna): Isso geralmente começa a aparecer quando o filhote tem oito semanas de idade e pode ser facilmente reconhecido pelos donos observadores. Os cães afetados esbarram ou tropeçam nas coisas. Eles podem relutar em sair para a luz do sol, preferindo ficar em áreas sombreadas. Eles parecem estar tateando ao negociar os passos para dentro de casa ou desorientados ao enfrentar o sol. Todos esses sinais de falta de jeito desaparecem à noite. A hemeralopia pode ser controlada para ajudar o cão a ter uma qualidade de vida aceitável.
• A expectativa de vida é de 10-12 anos

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