Alimentos contraindicados e tóxicos para cães e gatos

ALIMENTOS CONTRAINDICADOS E TÓXICOS PARA CÃES E GATOS

A humanização dos pets já é uma realidade. Eles estão presentes nos shoppings, salões, viagens, no nosso trabalho.

Compartilham nossa cama, nosso sofá e, muitas vezes, nossas refeições. Mas você sabia que alimentos inofensivos para nós podem ser tóxicos para eles? Confira:

FRUTAS

A maioria das frutas são saudáveis, ricas em vitaminas e minerais; mas as frutas têm açúcar (a frutose). Portanto em grandes quantidades podem aumentar o risco de obesidade e diabetes. Por isso fale para o veterinário do seu pet quais frutas você dá e peça orientação sobre a quantidade permitida. Aqui listarei as frutas que NÃO podem ser dadas:

UVAS – ainda não se sabe que parte da fruta nem o motivo, mas há muitos relatos de intoxicação de cães e gatos que consumiram esta fruta. De sintomas leves (vomito, diarreia, inapetência) a graves (como falência renal) e casos de morte. Por isso nunca dê uva para seu pet.

CARAMBOLA – é rica em Ácido Oxálico, um dos principais causadores de cálculos renais. Os sintomas são parecidos com os relatados no consumo de uva e o quadro pode evoluir para Insuficiência renal e morte.

Na lista de frutas muitos acreditam que o ABACATE também é tóxico, mas NÃO é. O problema é a casca, as folhas e o caroço que são ricos em persina, uma substância tóxica que pode causar vomito, diarreia, alterações cardíacas e também pode levar a óbito.

As SEMENTES DE maçã e pera são ricas em ácido cianídrico que é prejudicial para o estomago dos nossos amigos de quatro patas. E os CAROÇOS, deum modo geral, são tóxicos e se engolidos podem parar no estômago, sendo necessário uma intervenção cirúrgica.

TEMPEROS

A maioria dos temperos são muito benéficos para cães. Mas tem alguns que requerem cuidados:

CEBOLA – tem compostos sulforosos que podem gerar anemia em cães. Em gatos os sintomas podem ser piores e mais graves. Por isso cuidado não só com a cebola pura, como também em alimentos preparados com ela e alimentos industrializados que tem cebola em sua composição.

ALHO – também tem compostos sulfurosos, só que em menor quantidade. Em contrapartida o alho tem benefícios conhecidos na veterinária, como aumento de resistência a pulgas e carrapatos, controle de glicemia, diminuição de colesterol, auxilia em processos inflamatórios, melhora o sistema imunológico e tem ação coadjuvante no câncer. Por isso em pequenas quantidades a relação custo x benefício pode valer a pena. Mas converse com o veterinário.

PIMENTAS – podem causar gastrite e até ulcera.

OUTROS ALIMENTOS

VEGETAIS DA FAMILIA DAS SOLENÁCEAS – como tomate, berinjela, pimentão e principalmente a batata comum (ou batata inglesa) são ricos em solanina que, em pets, podem deprimir o sistema nervoso central e provocar transtornos gastrintestinais. Mas calma: tirando a casca e cozinhando bem, os níveis de solanina caem drasticamente. De qualquer maneira opte por outros tubérculos (como a batata doce e mandioquinha) e consulte sempre o veterinário do seu cão.

CHOCOLATE – é rico em teobromina, uma substância parecida com a cafeína, que não é metabolizada pelos pets. Quanto mais puro o chocolate (amargo, meio amargo, culinário), maior concentração de teobromina e maiores os riscos. Os sintomas vão de vômitos e diarreias, a taquicardia, espasmos musculares até a morte.

CAFÉ E CHA PRETO – a cafeína um alcaloide neurotóxico para cães que podem gerar alterações cardíacas.

AÇUCAR E SEUS DERIVADOS – causam obesidade, cáries, diabetes e tornando paladar do pet seletivo.

XILITOL – um dos adoçantes mais comuns (e seguros) na indústria alimentícia humana, o xilitol pode gerar sintomas como: fraqueza, vomito e hipoglicemia em cães. Em maiores quantidades pode gerar convulsões e até morte.

E osso de frango, é tóxico para cães e gatos. Se for dado CRU não!

O problema são os OSSOS DE AVES COZIDOS, que o torna mais rígido tendo um alto risco de perfuração gastrintestinal.

Estes são os principais alimentos contraindicados para os pets. Mas lembre-se: antes de dar qualquer alimentos ou fazer qualquer alteração na dieta do seu cão ou gato, consulte um veterinário

Autor: Dr. André Kater
Farmacêutico veterinário apaixonado por cães e gatos. Pai de cão (Thor) e gata (Zefa)

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