A automedicação é uma hábito muito comum e perigoso. Segundo pesquisa do Conselho Federal de Farmácia, 77% dos brasileiros fazem uso de medicamento sem avaliação de um profissional de saúde. E os maiores influenciadores, segundo a mesma pesquisa são familiares, amigos e vizinhos.
Na prática veterinária não é diferente:
– “Minha vizinha disse….”
– “O cachorro do amigo da minha tia teve a mesma coisa”
– “O gato do meu irmão teve sintomas idênticos”.
O fato é que sintomas comuns (febre, falta de apetite, queda de
pelos, diarreia, mudança na coloração da urina, entre outros) estão relacionados a muitas doenças e situações. E só um médico veterinário pode avaliar e determinar um tratamento.
No caso dos pets a automedicação é ainda mais grave: medicamentos extremamente seguros para os humanos, podem ser letais para cães e gatos (como o paracetamol, por exemplo); e muitos medicamentos seguros para cães podem ser letais para gatos (e vice versa).
Além disso mesmos medicamentos seguros para cães e gatos usados da maneira errada ou frequentemente, podem trazer consequências irreversíveis a médio e longo prazo. Veja alguns exemplos:
• Antibióticos quando utilizados num período menor do que o necessário pode criar bactérias resistentes;
• O uso frequente de anti-inflamatórios pode gerar gastrite, doença renal, hepática e até levar a morte;
• Antiácidos podem mudam o pH natural do estomago e abrir espaço para patógenos oportunistas ;
• O uso em doses erradas de algumas vitaminas pode gerar hipervitaminose;
• Até os mais seguros antitérmicos podem mascarar sintomas de doenças mais graves.
Por isso em caso de sintomas indesejados ou suspeitas de doenças procure um médico veterinário.
E caso ele prescreva um medicamento para seu cão ou gato, procure uma farmácia veterinária.
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